Conectividade e rastreabilidade precisam de investimento
AGROLINK - Leonardo Gottems
Publicado em 28/03/2024 às 10:22h.
Produtores rurais, governo, iniciativa privada e sociedade civil discutiram medidas para promover conectividade e rastreabilidade no campo em uma conferência preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. A conectividade é vital para o agronegócio, mas apenas 30% das propriedades rurais no Brasil têm acesso à internet, com regiões importantes como o Mato Grosso registrando apenas 15%.
As propostas discutidas serão levadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para implementação de políticas públicas visando o desenvolvimento do país. Na conferência livre, Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da Fundação Bunge, destacou a necessidade de integração entre setores como iniciativa privada, governo, academia e terceiro setor para enfrentar desafios relacionados à conectividade e rastreabilidade no campo.
Ela enfatizou a importância do trabalho em rede para avançar nessas áreas. Rossano de Angelis Junior, vice-presidente de agronegócio da Bunge no Brasil, ressaltou a importância da conectividade e rastreabilidade para a Bunge, uma líder mundial no processamento de sementes oleaginosas e na produção de óleos e gorduras vegetais especiais.
“Nossa estratégia está enraizada na sustentabilidade, tecnologia e políticas de ESG. Mas a nossa experiência mostra que não adianta termos projetos voltados apenas para o grande produtor rural. É preciso iniciativas voltadas ao agricultor familiar, pequeno produtor e povos tradicionais. A Fundação Bunge nos auxilia neste campo e desenvolve o projeto Semêa, que é a personificação disso tudo”, disse.
O Semêa, realizado em Canarana (MT), enfoca a agricultura de baixo carbono e práticas regenerativas para promover a preservação do solo, floresta e água, envolvendo agricultores familiares, grandes produtores rurais e indígenas. A conferência livre incluiu painéis sobre conectividade e tecnologias acessíveis, com participação de Virgílio Almeida, Tiago Machado, Braian Souto e César Augusto Costa, discutindo também como ciência e tecnologia podem contribuir para a rastreabilidade no setor produtivo.