Instabilidades serão expressivas no sul e norte do Brasil

Saiba como serão as chuvas dos próximos sete dias

Por: AGROLINK -Aline Merladete
Publicado em 20/06/2022 às 11:45h.

Ao longo desta semana, a formação de uma frente fria pelo sul do país vai dominar o tempo na região. Essa frente fria vai avançar de forma mais oceânica e promover chuvas na costa leste do sudeste. Outra região que terá chuvas volumosas e frequentes fica no leste do nordeste e no extremo norte do Brasil. 

Porém, uma grande e ampla região de alta pressão – bloqueio atmosférico – vai atuar no centro-norte do território nacional, mantendo o tempo firme e quente numa ampla região que se estende desde o Paraná até o sul do Matopiba e metade sul da região norte. 

Região sul
As projeções indicam a formação de uma frente fria entre segunda e terça-feira (21/06) e será este o sistema que vai reger o comportamento das chuvas ao longo da semana. A expectativa é de volumes entre 100 e 150 mm entre o centro e norte do estado gaúcho. Em Santa Catarina e no Paraná as chuvas desse sistema frontal não avançam tanto, mantendo a semana mais seca sobre o Paraná e confinando as chuvas mais volumosas no sul de Santa Catarina, onde os registros podem se aproximar dos 50 mm ao longo do período. Outro ponto que vale menção é que não são esperados eventos de frio intenso ao longo dessa semana. 

Região Sudeste
O predomínio será de tempo seco em boa parte da região sudeste. Isso por conta do bloqueio atmosférico – comum desta época do ano  – que age sobre a parcela central do país. Algumas instabilidades poderão surgir na costa da região, devido ao avanço de uma frente fria pelo oceano, mas sem perspectivas de chuvas expressivas. Estes volumes ficam entre 25 e 50 mm no leste de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e no nordeste de Minas Gerais. Em relação às temperaturas, o grande destaque será a amplitude térmica – diferença entre as menores e maiores temperaturas do dia – com o tempo mais seco na metade oeste, a tendência será de madrugadas amenas e tardes muito quentes ao longo da semana.

Região Centro-Oeste
A forte atuação de uma área de alta pressão sobre o centro do país – bloqueio atmosférico – manterá o tempo firme em todas as áreas da região centro-oeste, ao longo dos próximos dias. Além do tempo firme, esse sistema provoca um maior aquecimento do ar, mantendo as temperaturas máximas acima daquilo que seria esperado para a época do ano. Podemos ter marcas se aproximando dos 35 a 37°C sobre o norte do Goiás e tardes com marcas acima dos 30° em todas as áreas da região. Este bloqueio atmosférico, também impede a chegada das chuvas e das massas de ar frio que viajam com as frentes frias. 

Região Nordeste
A tendência para os próximos 7 dias indica a manutenção das chuvas sobre a costa da região. Essas chuvas são provocadas pela influência dos ventos oceânicos e os volumes podem ser expressivos ao longo do período. Algumas áreas como em Alagoas e Pernambuco, os acumulados podem superar a marca dos 100 a 150 mm pontualmente. Sobre o norte do Maranhão, também são esperadas chuvas expressivas, com registros que podem se aproximar dos 200 mm ao longo da semana. Entretanto, a massa de ar quente e seco atua de forma significativa sobre o interior da região, mantendo o tempo firme desde a metade sul do Maranhão até o sul e oeste da Bahia. A tendência também indica temperaturas mais elevadas na parcela oeste da região, ao passo que elas ficam mais amenas no leste do nordeste. 

Região Norte
A perspectiva é de chuvas volumosas ao longo dos próximos dias, porém não serão todas as áreas que contarão com essas chuvas. A influência de um sistema de bloqueio atmosférico vai impedir a formação das nuvens carregadas sobre a faixa sul. Assim, no estado do Acre, sul do Amazonas, Rondônia, metade sul do Pará e todo estado do Tocantins a tendência é de tempo firme ou chuvas fracas e muito irregulares. Entretanto, sobre o norte do Amazonas e sul de Roraima, as instabilidades podem gerar acumulados entre 150 e 200 mm ao longo do período e chuvas de até 100 mm no norte do Pará e oeste do Amapá.  

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