SOJA entra na fase decisiva e não pode repetir erros: ENTENDA

No ano passado, o mercado só começou a entender ou precificar a seca no Brasil em meados de janeiro

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Publicado em 01/12/2022 às 07:38h.

As condições das safras nas principais regiões de produção de soja no Brasil continuam muito melhores do que quando comparado há um ano, afirma a consultoria AgResource. “As temperaturas nas regiões de safra do Centro e do Sul ficaram mais quentes do que no ano passado durante a estação de crescimento, mas os totais de chuva também foram muito melhores”, dizem eles.

“Isso permitiu um início mais típico das estações de plantio e crescimento. As últimas estimativas de safra da agência de previsão de safra do governo, CONAB, são otimistas. No relatório de safra de novembro, a CONAB estimou um tamanho de safra de 154 milhões de toneladas, com um rendimento de 3.551 Kg por hectare”, apontam os analistas de mercado.

A AgResource estima o rendimento médio nacional logo abaixo da CONAB e logo acima da tendência de longo prazo, em 3.545 Kg por hectare. A produção agrícola é estimada em um recorde de 153,5 milhões de toneladas. “No entanto, as primeiras safras plantadas estão entrando agora no estágio reprodutivo mais importante, e o clima nas próximas 6 a 8 semanas será crítico para determinar o tamanho da safra de soja”, completam.

“Há um ano, as ofertas de fevereiro estavam em 0,50 centavos de dólar em relação a Chicago, já que o mercado precificou uma safra recorde de soja brasileira. Este ano, o mercado está de novo antecipando uma grande safra brasileira que deve ser recorde, mas em relação ao ano anterior, o mercado acrescentou um prêmio adicional”, relembram os especialistas.

“No ano passado, o mercado só começou a entender ou precificar a seca no Brasil em meados de janeiro. Embora a AgResource concorde com a avaliação da CONAB de uma safra recorde de soja no Brasil, tanto a Bolsa de Chicago quanto o mercado à vista brasileiro têm o cuidado de não repetir o erro do ano passado. Mas se não houver uma ameaça climática até o final de dezembro, uma correção significativa nos prêmios na Bolsa de Chicago e FOB brasileiro deve ocorrer”, concluem.

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