Argentina deve plantar menos algodão
Situação de estiagem força país a plantar menos que planejado
Por: AGROLINK -Seane Lennon
Publicado em 11/01/2023 às 14:54h.
De acordo com o último levantamento realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), algumas chuvas no início da semana trouxeram alívio ao calor e à secura nas áreas de grãos e oleaginosas emergentes no centro da Argentina.
Os volumes mais significativos (25-50 mm) se concentram nas áreas agrícolas do sudoeste, abrangendo o oeste de Buenos Aires, La Pampa e partes do sul de Córdoba. No entanto, chuvas mais leves (acumulações locais abaixo de 10 mm) caíram mais a leste, incluindo as áreas de grandes produtores no baixo vale do rio Paraná (norte de Buenos Aires e localidades vizinhas em Santa Fé e Entre Rios).
Além disso, o intenso calor voltou à região no final de semana, com os registros de temperaturas máximas superando os 30°C na maioria dos locais. E pontualmente, marcas extremas (máximas chegando a 40°C) e o tempo mais seco do que o normal (chuvas totalizando 5-25 mm) dominou o norte, incluindo grandes áreas de algodão em Santiago del Estero e no Chaco.
De acordo com o governo da Argentina, milho e soja foram 85% e 90% plantados, respectivamente, em 5 de janeiro. Algodão foi 80% plantado contra 95% no ano passado, e alguns estados devem plantar menos do que suas intenções originais devido à situação de estiagem. Enquanto isso, a colheita de trigo e cevada está praticamente concluída.