Fatores altistas devem influenciar preços dos fertilizantes
A relação de troca piorou para os produtores com estas fortes altas dos fertilizantes
Alguns fatores altistas devem influenciar os preços dos fertilizantes no mercado internacional neste último trimestre do ano, não sendo diferente no Brasil, de acordo com afirmações de Ricardo Curione, Diretor da HINOVE Agrociência, em um artigo feito para o Global Fert. A principal alta será em relação aos nitrogenados.
Eles terão “altas significativas no período devido à forte escalada de preços de gás natural na Europa, Ásia e USA (devido à crise energética), juntamente com os preços firmes das safras; retorno da Índia ao mercado de compras internacional; possíveis medidas de restrição de exportação pela China (governo deverá impor restrições ou taxas e impostos para exportação); novos cortes de produção foram anunciados nos países produtores; continuam a impulsionar os preços da Ureia para níveis recordes globalmente”.
No caso dos fosfatados, os preços internacionais nas últimas semanas apresentaram novas altas principalmente devido as novas publicações do governo Chines que irá restringir ou até proibir as exportações. “No Brasil, a demanda de importação do MAP aumenta; EUA e Índia entrando no mercado comprando volumes significativos; alta significativa do ácido fosfórico (matéria prima); também contribuíram para esta alta”, comenta. Já para o potássio, “ainda há dúvidas sobre o endurecimento ou se irá vigorar as sanções principalmente da União Europeia (UE) e Estados Unidos contra as exportações da Bielorrússia e que poderão limitar a oferta global deste fertilizante; os preços estão firmes, apresentando altas nas últimas semanas”.
Nesse cenário, a relação de troca piorou para os produtores com estas fortes altas dos fertilizantes nas últimas semanas. “As principais matérias primas de fertilizantes subiram mais de 100% em 2021. O KCl (potássio) era o líder de altas até poucas semanas atrás, mas, nestas últimas semanas foi ultrapassado pela Ureia, fato este devido principalmente a crise energética global, parada de algumas plantas produtoras e problemas logísticos”, conclui.