Portugal tem problema de escoamento de vinho

AGROLINK - Leonardo Gottems
Publicado em 25/06/2024 às 09:54h.

O ministro da Agricultura e Pescas de Portugal, José Manuel Fernandes, afirmou que o escoamento do vinho é um dos "maiores problemas" a serem resolvidos este ano. Durante uma audição na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, ele prometeu aumentar a fiscalização contra a entrada ilegal de vinho, destacando a gravidade da situação e a necessidade de enfrentar a realidade sem esconder os problemas.

"No ano passado gastou-se 18,6 milhões de euros em destilação - e, como toda a gente sabe, são precisos cerca de sete litros de vinho para dar um litro de aguardente -, com uma autorização excecional da Comissão Europeia, com dinheiro do FEAGA [Fundo Europeu Agrícola de Garantia, o primeiro pilar da Política Agrícola Comum]. Não se pode andar todos os anos a dizer que vamos ter uma exceção, quando outros Estados-membros, por exemplo, têm avançado para a destilação mas com recursos do Orçamento do Estado", detalhou.

José Manuel Fernandes afirmou que o Governo está em diálogo com Bruxelas para encontrar uma solução para o problema do escoamento do vinho. Além disso, ele anunciou que o Governo intensificará a fiscalização contra a entrada ilegal de vinho. Ele destacou que é inaceitável importar vinho com o objetivo de destilar, afirmando que quem importou vinho nos últimos três anos não teria permissão para destilar. Ele enfatizou que esse tipo de prática não pode prejudicar os pequenos produtores e não deve ser permitido.

"E se, por acaso, por exemplo, houver destilação, há uma coisa que é certa: quem importou vinho nos últimos três anos não teria nunca destilação porque é inaceitavel andar-se a importar vinho para depois se tentar destilar e, portanto, isto não pode ser um negócio que prejudica todos, nomeadamente os pequenos produtores”, conclui.

Anterior
Anterior

Principais contratos de milho caem na B3

Próximo
Próximo

IA no combate da resistência à herbicidas?