Vale a pena guardar milho?

AGROLINK - Leonardo Gottems
Publicado em 15/07/2024 às 07:59h.

De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica, a recomendação atual é não guardar milho. “Desde novembro de 2023 que estamos recomendando que se colha e venda logo, porque o único lugar em que o preço do milho poderá aumentar é no banco, aplicado”, comenta.

No contexto atual do mercado de milho, a consultoria observa tendências distintas nas principais regiões produtoras e exportadoras. Nos Estados Unidos, o USDA revisou para cima tanto o uso forrageiro quanto às exportações, resultando em redução das existências finais estimadas para o ciclo 2023/2024. 

Em contrapartida, na Argentina, a Bolsa de Comércio de Rosário manteve sua previsão de produção de milho em 47,50 milhões de toneladas, significativamente abaixo das expectativas iniciais devido às condições ambientais adversas durante o inverno. No Brasil, o segundo semestre historicamente impulsiona as exportações, aumentando a demanda e potencialmente elevando os preços, à medida que exportadores e indústrias competem pelo grão disponível.

No mercado atual de milho, a produção robusta dos Estados Unidos, projetada em 383,56 milhões de toneladas devido ao aumento da área plantada e alta produtividade por hectare, está pressionando os preços para baixo. No Brasil, a estimativa elevada de produção de 122 milhões de toneladas e as previsões de exportação alinhadas com o USDA contrastam com as projeções mais conservadoras da Conab, que espera 115,86 milhões de toneladas colhidas e 33,50 milhões de toneladas exportadas. 

Essa disparidade entre as previsões pode influenciar os preços. Na Argentina, apesar de uma leve redução na previsão de colheita para 52 milhões de toneladas devido à cigarrinha, as estimativas de exportação também foram ajustadas para baixo, de 38 para 37 milhões de toneladas, sugerindo um potencial excesso de oferta global de milho.

Anterior
Anterior

Feijão encerra semana com oscilações

Próximo
Próximo

Há previsão de alta da soja?