PR deve ter produção de 104,4 mil toneladas de cebola
Paraná foi o sétimo produtor nacional de cebolas em 2021 e responde por 6,4% da produção nacional
Por: AGROLINK -Aline Merladete
Publicado em 05/01/2023 às 15:02h.
O Paraná foi o sétimo produtor nacional de cebolas em 2021 e responde por 6,4% da produção nacional, sendo a atividade explorada em outras quinze unidades da federação (IBGE/PAM). O cultivo da aliácea no Estado, para a safra 2022/2023, tem uma área estimada em 3,3 mil hectares, sendo 17,0% menor que o período anterior. Por outro lado, estima-se uma produção de 104,4 mil toneladas, semelhante à colheita passada.
Conforme dados divulgados pelo boletim do Departamento de Economia Rural (Deral), as produtividades esperadas estão 20,8% acima de 2021/2022, quando encerrou o ciclo com 26,5 t/ha, e hoje projeta-se 32,0 t/ha. O Núcleo Regional de Curitiba, com superfície plantada de 1,6 mil ha, responde por 49,9% da área cultivada, seguido de Guarapuava (690 ha) e Irati (500 ha) com 21,1% e 15,3%, respectivamente, e juntos participam com 86,3% do total do Estado. O tempo seco e quente em junho/21 – no período de desenvolvimento vegetativo – favoreceu a incidência de tripes; entre agosto e setembro passados - etapa de bulbificação - nos períodos de umidade elevada ocorreram pontualmente infestação de Míldio e Botrytis.
Na segunda quinzena de outubro teve o início da colheita de cebolas no Estado e, até 21/12/22, cerca de 68,0% da área havia sido colhida, número que hoje tende a estar próximo aos 90,0%. Nessa safra houve redução de área devido as últimas colheitas terem precificado a cebola a valores muito baixos, descapitalizando o produtor. Por outro lado, mesmo com as variações do clima, obtevese uma boa produtividade.
A colheita será finalizada em janeiro na principal região produtora e deverá se estender até meados de fevereiro nas demais regiões. Os preços nominais em 2022, frente ao período anterior, elevaram-se substancialmente, sendo a variação de 142,3% ao produtor, no atacado 95,5% e 83,3% no varejo. No entanto, na medida em que as colheitas nacional e estadual evoluíram a partir do segundo semestre, os preços estão retornando a patamares adequados neste início de ano.